A hipertensão arterial é definida de uma forma sucinta como a presença de valores de pressão arterial sistólica (vulgarmente conhecida por máxima) iguais ou superiores a 140 mm Hg e de pressão arterial diastólica (vulgarmente conhecida por mínima) igual ou superior a 90 mm Hg.
A hipertensão é um fator de risco presente em 30% a 45% da população adulta, aumentando progressivamente nas populações mais idosas. Por outro lado, sabe-se que muitos doentes hipertensos, mesmo que medicados, mantêm valores de tensão arterial acima do desejável. Estes valores elevados poderão levar ao aparecimento de lesões em vários órgãos do corpo humano, entre os quais o cérebro, surgindo a mais temível das complicações que é o acidente cérebro vascular (AVC), que é a principal causa de morte e incapacidade crónica em Portugal.
Sendo que a hipertensão é o principal fator de risco de AVC, susceptível de uma atuação preventiva, torna-se imperioso:
– Incutir responsabilidade nos cidadãos, no sentido de adotar em estilos de vida saudáveis;
– Sensibilizar a população para a importância do diagnóstico, tratamento e controlo da hipertensão;
– Tomar regularmente a medicação prescrita, não caindo no erro frequente de deixar de tomar “porque os valores de tensão arterial andam bons”;
– Não desvalorizar os valores elevados quando são feitas as medições, atribuindo-as ao facto de ficar nervoso ou ansioso no momento de medir;
Sabendo-se que através destes mecanismos, podemos conseguir uma redução até 40% dos casos de AVC, tem toda a pertinência adotá-los.
Insiste-se também na redução do consumo de sal, na prática de exercício físico e vigilância dos valores de tensão. Não se esqueça que estes comportamentos salvam vidas…
Proteja, assim, a sua saúde e a dos seus!