
Olho à minha volta e tudo está agreste…
As nuvens de cinza escuro movem-se com a urgência da descarga, o vento sopra forte de norte e a chuva cai de forma raivosa.
Vejo olhares vagos, perdidos num tempo sem medida, e gestos meigos escurecidos de silêncio, fugindo de lengalengas fastidiosas e inférteis.
Ouço um murmúrio de queixume e o alento vai esmorecendo como o arome do perfume, restando uma coragem feita de cansaços.
E quando o sol desaparece a poente, os pensamentos surgem alados de medos prematuros, tocando as arestas do futuro.
Mas há sempre um novo raiar, que nos permite olhar os amplos horizontes e encher de novo a alma de uma energia retemperadora que nos reconcilia com a vida, vendo em cada gota de orvalho o germinar de um tempo harmonioso.
Que nestes tempos incertos nunca nos faltem os Sonhos e a Fé…
(Manuela Resendes)

Certo, certo é que ao longo de toda a história da humanidade os tempos sempre foram incertos…
Concordo com a minha amiga, sobrevivemos a todas as crises graças aos Sonhos e à Fé…
GostarGostar