
Caminho por entre pedras negras, bafejada por uma brisa fresca e reparo na onda que se demora no encontro com a rocha, numa ternura amarrotada.
As palavras são sufocadas por um falso silêncio, e ao longe avisto um barco que passa alheio à minha presença.
Neste transbordar de infinito, mergulho nas memórias, que tal como as ondas se quebram ou abraçam a enseada me remetem para novas vontades. Estas verdades exiladas, pelo correr do tempo, são suavizadas por palavras luminosas que bradam por acolhimento.
Vou vendo a vida ao longe, a partir deste grão de rocha que o vento vai desgastando como os pensamentos se vão desvanecendo.
E no limite da praia, descubro esconderijos disfarçados para melhor ouvir a voz do mar, perene como o interminável movimento das ondas.
Na conquista desta paz harmoniosa, sinto-me caminhar no Olimpo, na sombra dos Deuses!
(Manuela Resendes)

Manuela, é urgente que seu livro veja a luz do dia.
Aguardo, ansiosamente…
Abraço
GostarGostar
Obrigada!!!
GostarGostar