Sem roteiro…

Caminho por entre pedras negras, bafejada por uma brisa fresca e reparo na onda que se demora no encontro com a rocha, numa ternura amarrotada.

As palavras são sufocadas por um falso silêncio, e ao longe avisto um barco que passa alheio à minha presença.

Neste transbordar de infinito, mergulho nas memórias, que tal como as ondas se quebram ou abraçam a enseada me remetem para novas vontades. Estas verdades exiladas, pelo correr do tempo, são suavizadas por palavras luminosas que bradam por acolhimento.

Vou vendo a vida ao longe, a partir deste grão de rocha que o vento vai desgastando como os pensamentos se vão desvanecendo.

E no limite da praia, descubro esconderijos disfarçados para melhor ouvir a voz do mar, perene como o interminável movimento das ondas.

Na conquista desta paz harmoniosa, sinto-me caminhar no Olimpo, na sombra dos Deuses!

(Manuela Resendes)

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