Domingo: dia de tudo ser e nada fazer

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Domingo, dia de paragem, de descanso, de deixar que o tempo preste,  dando espaço ao recolhimento, dia de nos darmos aos outros, dia de viver a nossa interioridade no conforto da nossa casa, que assume a dimensão do universo, em que nos confrontamos com a nossa luz, com as nossas sombras, num tempo sem tempo.

Não temos séculos de existência, mas muitas vezes agimos como se assim fosse consumindo os dias de uma forma alucinante, num movimento contínuo sem sabermos ao certo o nosso rumo, adiando o inadiável mas achando sempre que o amanhã, que chega sempre demasiado tarde, é  que é dia de dar importância às pequenas grandes coisas, ao que é simples mas que constitui a essência da vida, de ter tempo para realmente ser.

Muitas vezes, quando o frenesim da vida não está mais ao nosso alcance, é que nos deparamos com a desconcertante simplicidade da vida, percebendo então que a “pegada” que deixamos nesta vida, tem a ver com o que demos e recebemos, com a dor e a exaltação,  com os momentos de comunhão e de desamparo, dando sentido à vida mesmo quando os nossos olhos já não alcançam o horizonte.

(Manuela Resendes)

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