No verão damos por nós a caminhar em passos lentos, desfrutando da frescura das águas, expondo o corpo e a alma, absorvendo a energia que a natureza nos oferece para as “lutas” da vida. Ganhamos um brilho no olhar e revestimo-nos de colorido, abandonando os dias de capa cinzenta, de luz feita sombra, com que chegamos até aqui.
Somos surpreendidos por encontros não programados e confidências inesperadas, por lugares nunca visitados, sucumbindo ao encanto de visitarmos a gruta escura do nosso íntimo, desvendando os seus mistérios e tesouros.
É tempo de abrir a mente e deixar entrar a luz intensa dos dias longos, que nos alumiará até aos esconderijos da nossa infância, onde por vezes encontramos resposta a questões que nos vão surgindo nos caminhos da vida.
É tempo de descanso, de festa, de leitura, mas é essencialmente “o tempo” a dedicar a nós próprios e a quem connosco compartilha as aventuras da nossa existência.
Este é um tempo sem tempo, em que os dias se estendem, percorridos de forma tranquila, em que o mar é o esteio do nosso descanso!