Gosto destes dias de pausa!

Gosto de acordar cedo, mas devagar, sentindo a brisa de Outono e esta inquietude aparente, em que o canto dos pássaros ecoa mais longínquo e os dias se revestem de um tom prateado.

Gosto da sensação de me soltar da “teia” invisível  de pequenas concessões que me vão aprisionando,  cativando assim a minha liberdade e condicionando os movimentos que me permitem voar.

Gosto de me perder, para me poder reencontrar e olhar para a vida com esperança renovada, na sua força e na sua fragilidade, nos momentos de felicidade e de vulnerabilidade. Até na sua nudez…

Gosto destes dias de luz transparente nos meus olhos, que se amplia na alegria interior que sinto quando leio a vida como se fosse poesia.

Esta sensação de plenitude consentida, de silêncio transbordante de palavras, de abraço infinito, confortante para todas as dores do mundo, transforma tudo o que é normal em verdadeiramente especial!

(Manuela Resendes)