Estamos felizes; hoje ganhámos uma hora… fomos donos do tempo!
Como se o tempo se deixasse aprisionar, quando atravessa a imensidão do espaço e transcende os limites da vida de cada um de nós.
O tempo, que não se esconde em noites escuras, continuando a sua passagem mesmo que não veja a luz, que cobre a vida de um manto de transitoriedade mantém a sua essência de eternidade.
Este é o “ouro” da sociedade dita moderna, que vive angustiada com a sua passagem, medo de o perder na corrida da conquista de bens materiais e de estatuto social, mas que desperdiça a oportunidade de ver, ouvir e tocar o mundo, deixando uma marca indelével.
Não podemos reter a vida, mas podemos apreciar a beleza da sua subtil passagem se soubermos construir pontes para o amanhã, atravessar espessas nuvens quando nos falta a luz, fazendo das recordações novidades, pois esta é a sabedoria que os anos nos trazem para quem está de mente aberta para a acolher.
Gosto de degustar os minutos, vivendo em cada um deles a “eternidade”, lançando sonhos como folhas ao vento, nesta força subtil que não conhece limites!
(Manuela Resendes)