O dia amanheceu chuvoso e triste…
Prometia ser um dia cinzento de Outono, monótono, sem brilho nem cor, mas eis que o virei do avesso, desordenando as emoções e olhando a vida ao espelho.
Ouvir o vento sem o sentir, ver a chuva sem me molhar, ouvir a trovoada a rasgar as nuvens fez despertar em mim novas sensações.
Senti um prazer desconhecido ao ler um “velho” poema, uma alegria pueril ao ver a planta florida, ouvi aquela música que tanto gosto e quando acabou gerou-se um silêncio que ainda era música.
Gosto destes dias sem planos nem expetativas, sem rota nem bússola, em que olhamos a vida através da lente cristalina de uma gota de água, alavancando uma viagem ao nosso intimo, ampliando a luz interior.
Este tempo de silêncio, atulhado de nada e cheio de tudo, encerra em si mesmo a sabedoria, semente donde irá brotar a esperança!
(Manuela Resendes)
Gosto muito das tuas palavras, mas gosto ainda muito mais dos sentimentos que elas escondem. Ler-te é saber ver-te por dentro…
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Segundo o grande Fernando Pessoa “Em sua essência, a vida é monótona. Tornarmo-nos monótonos é tornarmo-nos iguais à vida; é, em suma, viver plenamente. E viver plenamente é ser feliz.”
Claro que ler estas afirmações, fora do seu contexto, pode originar controvérsia e o que é monótono para alguém não o será para outrem. Monotonia poderá ser encarada como rotina, também, e esta é essencial para muitos.
E, tal como diz e muito bem, também sabe bem um dia cinzento e aproveitá-lo para tirar partido dele e apreciar o que de bom ele nos proporciona. A beleza está, tantas vezes, nos mais ínfimos pormenores e nem damos por eles, até o surgimento dessa monotonia.
Beijinhos e continuação de uma boa semana!
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Obrigada pelos simpáticos e elogiosos comentários
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