Não há como não recear um futuro tão ameaçador…
São as alterações climáticas com consequências catastróficas, a extinção de espécies, as guerras, o terrorismo, a inteligência artificial que irá substituir muitas profissões, novas doenças e velhos problemas.
Mas acredito que o Homem vai saber responder a estes novos desafios, adaptando-se a novas realidades e usando a tecnologia, como instrumento de ajuda e não de alienação.
A sociedade terá de se organizar de outra forma, com menos desperdício, menos descartável e mais reciclável, fazendo despertar genuínos sentimentos de solidariedade e altruísmo.
O consumismo desenfreado será um comportamento condenável pela pegada ecológica que deixa, permitindo-nos resgatar a nossa relação com o tempo por forma a voltarmos a ter tempo.
Vamos reaprender a ouvir e a interpretar o nosso silêncio, redescobrindo assim o nosso fascinante mundo interior.
Vamos perceber que a nossa vida é composta também pelo rasto daqueles que se cruzam connosco, os que amamos, os que nos ensinam, os que nos inspiram, constituindo o esteio para acomodar as nossas vulnerabilidades e ampliar a alegria das nossas vitorias.
Saberemos olhar para a natureza e surpreendermo-nos com o espectáculo de um pôr de sol, ou com a visão de um campo florido a perder de vista, numa expressão de gratuitidade, fazendo despertar em nós o genuíno e sincero, numa Paz desconhecida.
Se soubermos incorporar na nosso quotidiano uma forma de vida mais consciente e humanizada então o futuro poderá ser promissor!
(Manuela Resendes)