Há um movimento fervilhante na cozinha, sem pausas, onde os aromas se misturam e os ingredientes são utilizados com a criatividade e empenho proporcional à solenidade do momento.
Dá-se vida às receitas da avó, fazendo as devidas adaptações à realidade dos nossos tempos e resolvem-se imprevistos com engenho e arte.
Procuram-se os sabores das origens, os aromas que fazem parte das memórias, o menu que não atraiçoa a tradição, porque é dia de festa… é dia de degustação da Alegria.
À volta de uma mesa celebram-se os maiores eventos, partilham-se as memórias, vive-se uma intimidade que se tem vindo a perder e é também espaço de reconciliação com a vida.
Mas é também à volta de uma mesa que a solidão mais pode pesar, que o desencontro mais se pode sentir e o vazio ampliar.
Que saibamos nestes dias festivos que se aproximam viver com os cinco sentidos em alerta, para que, sentados à mesa, nesta dádiva e partilha de uma refeição, se sublime o verdadeiro Espírito de Natal.
Boas Festas!
(Manuela Resendes)