
As emoções são fundamentais para a nossa sobrevivência e dão sentido às nossas vidas.
Mas não é fácil despojarmos-nos das nossas emoções, numa sociedade de intenso escrutínio, em que não são bem vistos estados de tristeza ou de melancolia, sendo as vidas aparentemente felizes e perfeitas que fazem o protótipo de sucesso.
No entanto, não é saudável negarmos ou reprimirmos o que sentimos, pelo que devemos aprender a desatar os nós que nos permitam exprimir, de forma serena e genuína, os nossos estados de alma.
Não nos devemos apegar à dor ou ao prazer, mas sim deixar fluir as emoções num movimento natural, de acordo com as circunstâncias da vida, não refreando momentos felizes, nem reprimindo a tristeza inerente a momentos menos bons.
As emoções que não nos permitimos expressar não desaparecem, e nem tão pouco se desvanecem. Antes, vão-se acumulando, desvirtuando e escravizando o pensamento, com um poder corrosivo para o corpo e para a mente.
Gosto de rir e de comemorar, mas também choro quando a tristeza me visita ou algo me atormenta.
Gosto de expressar as minhas emoções com sinceridade, para as depurar por forma a que não se tornem “tóxicas” ao ponto de contaminarem a minha mente e me roubarem a paz.
Por outro lado gosto de “saborear” intensamente as emoções positivas, durem elas uma eternidade ou apenas um instante, pois é assim que dou pinceladas de colorido a vida.
Também me perco por vezes no meu caos emocional, dos meus medos e inquietações, das injustiças do mundo, mas logo procuro o caminho que me devolva a capacidade de me sentir novamente inteira.
Normalmente não sinto raiva ou rancor, procurando uma explicação que me dê paz e que não deixe marcas perenes na alma, mantendo assim aquela inocência que dá jovialidade, mesmo com o passar dos anos e o desgaste do corpo.
Olho o futuro de forma esperançosa, e tudo o que sinto pode ler-se nos meus olhos!
(Manuela Resendes)

Vejo em cada texto seu um verdadeiro tratado de Psicologia…vivido! E adoro, claro!
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Obrigada!!!
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