
O mundo está em constante mutação e a vida vai-nos surpreendendo das mais diversas formas, sem termos escolha sobre o que nos coube experienciar, mas sim na forma como acolhemos os desafios deste constante pulsar de emoções.
Nós próprios vamos evoluindo, dando espaço a diferentes formas de entendimento do mundo, pelo conhecimento e vivências, e alcançando o mais profundo do nosso ser para interpretar a nossa história de vida.
Aprendemos a aceitar o que não se cumpre, o futuro que nos é confiscado e a relativizar os imprevistos, confiando serem oportunidade para mudança de rumo que irá desembocar num cais, que nos retira dos circuitos rotineiros e cómodos que nos impedem de ver a novidade.
Não deixo de me revoltar com as injustiças e atrocidades que todos os dias acontecem mas, ao invés de alimentar sentimentos corrosivos de raiva e ódio, prefiro ser uma voz harmoniosa e eficaz, pondo ao serviço do coletivo todos os contributos ao meu alcance.
E não menos importante é comemorar todas as minhas secretas vitórias, sem testemunhas nem pódio, mas que funcionam como lampejos de luz que iluminam os dias sombrios.
E apesar da aridez destes tempos, tento manter aquela ternura doce de criança sonhadora, acreditando na bondade dos pequenos gestos e na virtude do exemplo. Foco aí os holofotes para ver refletida uma imagem luminosa e inspiradora, sabendo que mesmo em dias de nuvens escuras podemos avistar o colorido do arco-íris.
Que nos saibamos sempre reconciliar com a vida…
(Manuela Resendes)

Não seria a grande mulher que é se não fosse aquilo que diz de si neste belo texto proso/poético.
Obrigado, por ser assim…
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Obrigada!!!
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