Ler, escrever e viajar…

Estamos sempre a ouvir que “o tempo voa”, que “a vida é um sopro”, porque os dias se esboroam num quotidiano alucinante, sem deixar rasto de memórias.

Esta inquietude por vezes deixa-nos alienados, presos numa teia labiríntica de afazeres que ocupam corpo e mente, de onde não nos conseguimos libertar.

Muitas vezes preferimos assistir resignados a esta erosão da vida do que dar voz aos nossos silêncios, com receio do confronto com a nossa própria realidade.

Não nos podemos fechar a novos conhecimentos, evitar o desconhecido ou utilizar sempre o mesmo caminho, mesmo que isso possa abalar as nossas verdades absolutas.

Temos de procurar na viagem a novidade, o que ainda não sentimos e o que amplia o nosso mundo. Entender outras culturas e religiões, ouvir novas histórias de vida e degustar sabores do que nem sabíamos existir.

Através dos livros também podemos viver pedaços de outras vidas, realizar novos sonhos e participar em acontecimentos em latitudes distantes, sem sair do mesmo lugar. Este é um superpoder que não podemos desperdiçar, porque cada livro é uma nova oportunidade de viver uma história que nos acrescenta e faz feliz.

E depois vem a escrita que é o resultado da depuração de todas as emoções e sentimentos despoletados pelas nossas vivências, traduzidas por palavras que são ditadas pelo coração.

(Manuela Resendes)

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