
Vivemos com uma clara falta de aproximação, alheados de tudo e sem escutar o que nos rodeia. Deixamos de decifrar estados de espirito nos rostos com quem nos cruzamos, de prever a chuva a olhar o céu ou de perceber a passagem do tempo pelo germinar das sementes.
Olhamos a lua só como espetáculo, alvo de foto para o Instagram, sem tão pouco a correlacionar com os ciclos da natureza.
Olhamos as flores porque as cores são apelativas e o belo nos atrai. Mas não nos detemos nos pormenores, na delicadeza de cada pétala, na interação com o sol ou na subtileza do seu perfume.
Mas tudo isto é poesia, permitindo-nos mergulhar num mar de ternura, de esperança que nos alavanca para um olhar mais humanizado.
Esta transcendência é o melhor ansiolítico para amenizar a inquietude em que vivemos e conquistar uma serenidade harmoniosa, dando um salto de fé que nos vai permitindo compreender melhor a infinita complexidade da vida.
E não estamos sós, podemos sempre ir buscar a necessária inspiração e exemplo a outras vidas que connosco partilham esta misteriosa aventura que é a vida, para que o futuro encontre o seu espaço, ligado ao passado por fios invisíveis que fazem a devida conexão.
(Manuela Resendes)

Vivemos numa clara falta de empatia com a Natureza, e esta, naturalmente, ressente-se, como é bom de ver, pelas recentes manifestações.
Há um claro divórcio entre o Homem e a Natureza.
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Com consequências a todos os níveis.
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