
Olho o horizonte desfocado, raso de nevoeiro, sem que a ausência embacie o meu olhar, enquanto do ventre da madrugada brota uma maré cheia de sonhos e promessas.
Traçam-se assim novos roteiros, que vão rasgando o véu que cobre nuvens escuras, deixando irromper azuis com aroma de futuro.
E nesta tarde que se arrasta lenta, o sol ilumina os alçapões da memória, numa solidão acolhida entre o desamparo e a fé.
Volto agora a olhar o horizonte, que se enche de velas de uma regata, real ou imaginária, mas que se apresenta repleta de sinais.
Afinal existe presença, basta ler os sinais…
(Manuela Resendes)

Se estivermos sempre no lugar exacto onde é exigida a nossa presença, nunca estaremos ausentes. Nos lugares onde não é exigida a nossa presença, poucos darão pela nossa ausência…
GostarGostar