Alzheimer: porquê e o que fazer

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Desde tenra idade ouvimos dizer que somos crianças duas vezes. A doença de Alzheimer faz-nos recordar a infância no sentido em que existe uma dependência de terceiros, para as necessidades básicas, mas esta segunda “meninice” incorpora uma muito maior complexidade e bastante sofrimento.

Esta patologia foi durante muito tempo entendida como algo que fazia parte do envelhecimento, no entanto o século passado trouxe maiores recursos ao nível da investigação e maior interesse da comunidade científica pelo estudo das doenças degenerativas. A doença de Alzheimer, em particular, caracteriza-se pela detioração dos neurónios, células cerebrais estas que acabam por morrer devido ao aparecimento no cérebro de placas de uma substância proteica denominada beta-amilóide.

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Existem vários fatores de risco para vir a desenvolver a doença, nomeadamente:

1 – aumento da esperança média de vida (estima-se que 40% das pessoas com 40 ou mais anos venham a sofrer de Alzheimer);

2 – ser do sexo feminino (não se sabe se devido à maior esperança de vida ou a uma questão hormonal);

3 – hereditariedade;

4 – ocorrência de traumatismos repetidos na cabeça, infeções e problemas vasculares;

5 – grau de escolaridade (quanto menor o grau de escolaridade maior o risco de contrair a doença).

Os sinais de alarme a que deve estar atento são os seguintes:

1 – perdas de memória que interfiram nas tarefas do quotidiano;

2 – perda de noção do espaço e do tempo;

3 – dificuldade na expressão escrita e oral;

4 – dificuldade em encontrar objetos que normalmente se encontrem arrumados em locais específicos;

5 – tendência para o isolamento social;

6 – dificuldade de tomar decisões;

7 – alterações da personalidade, que implica desconfiança, insegurança, ansiedade e depressão.

Para evitar uma rápida progressão da doença de Alzheimer é importante estimular a memória, com jogos, palavras cruzadas, escrita e outras atividades lúdicas. Também ajuda manter uma atividade física, como por exemplo uma caminhada ao ar livre, e manter alguma socialização.

Se numa fase inicial o doente tem um papel fundamental na gestão da doença, os cuidadores, que geralmente são familiares próximos, também são uma peça fundamental na manutenção da qualidade de vida do mesmo. Os cuidadores devem ser pacientes, calmos, falar pausadamente, mas sem recurso à infantilização da pessoa doente. Não devemos esquecer, também, de adotar medidas de segurança e estabelecer rotinas noturnas tranquilas para evitar problemas comportamentais.

Em Portugal, segundo dados de 2015, existem cerca de 160 200 cidadãos com mais de 60 anos que sofrem de demência, sendo que destes 50% a 70% têm Alzheimer.

Já pensou o que pode fazer pelo seu vizinho, amigo ou familiar?

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