Passar grande parte do dia sentado é para muitas pessoas  algo inevitável, seja porque o trabalho assim o exige, ou simplesmente porque têm mobilidade reduzida. No entanto, a longo prazo esta hábito poderá trazer-lhe problemas de saúde a vários níveis, nomeadamente:– A nível cardiovascular (quando está sentado os músculos necessitam de menos energia, havendo deposição de gordura nas artérias, e o consequente aumento do risco de subida do colesterol e da hipertensão arterial, o que no seu conjunto pode originar eventos cardiovasculares);

– A nível endócrino (o pâncreas é o órgão responsável pela produção de insulina, que por sua vez transporta a glucose do sangue para o interior das células com o objetivo de produzir energia; as células dos músculos das pessoas inativas perdem alguma sensibilidade à insulina, deixando de responder prontamente a esta hormona, o que a longo prazo pode promover o desenvolvimento de diabetes);

– A nível muscular (o permanecer sentado muito tempo acarreta a perda de força e de massa muscular; os músculos do abdómen, que permitem estabilizar a pessoa quando está de pé, tendem a ficar atrofiados ao serem pouco utilizados, assim como os músculos da região lombar, o que neste caso torna a coluna mais curvada a longo prazo, causando a hiperlordose lombar);

– A nível vascular (a inatividade prolongada provoca retenção de líquidos nos membros inferiores, com inchaço ao nível dos tornozelos; podem também ocorrer eventos de tromboembolismo venoso profundo);

– A nível dos ossos (o osso está sempre em construção e a desgastar-se, num processo devidamente balanceado pelo organismo; atividades como caminhar ou correr estimulam o crescimento do osso e a manutenção da sua densidade, pelo que as pessoas que ficam muito tempo sentadas tendem a ter ossos menos densos e a estar mais sujeitas a fraturas).

Mesmo que tenha um trabalho, ou uma rotina, que o obrigue a ficar sentado muito tempo interrompa de duas em duas horas para exercitar os músculos.

Proteja, assim, a sua saúde e a dos seus.