Ir às compras é normalmente uma atividade agradável, mas existem pessoas portadoras de um distúrbio que as levam a fazê-lo compulsivamente.

Estas pessoas viciadas em compras não conseguem parar de comprar para si próprias,  para os outros e, muitas vezes, até aquilo que já haviam comprado e que nunca terão usado antes.

Esta patologia afeta 2% da população portuguesa, na sua maioria mulheres entre os 30 e os 50 anos, mas segundo os especialistas com tendência a aumentar.

Épocas como o Natal ou de saldos, em que há um apelo ao consumismo desenfreado,  resultam num risco acrescido.

A compra compulsiva esconde normalmente carências afetivas e emocionais, baixa auto- estima e estados depressivos, gerando a compensação através da aquisição de bens materiais.

A publicidade omnipresente que associa o consumo a felicidade e ao prestígio social, baseado no “ter”, também contribui para exacerbar este comportamento. No entanto, pensa-se que a genética também tem importância na determinação da falta de controle sobre estes impulsos, assim como na ativação de mecanismos neurológicos, que contribuem para que determinada pessoa tenha uma personalidade mais propensa a este tipo de problemas.

As pessoas afetadas estão conscientes do que estão a fazer, mas não conseguem controlar o impulso.Depois sentem-se culpadas, irritadas, desconfortáveis,  para além dos problemas económicos e familiares que acabam por acontecer. Caem, assim, num ciclo vicioso, porque quanto pior se sentem, maior vontade sentem para comprar.

Proteja, assim, a sua saúde e a dos seus!