Cada vez passamos menos tempo em silêncio, atordoados com as solicitações do quotidiano e com a velocidade vertiginosa dos acontecimentos, que nos levam a adiar o momento de paragem, para um tempo que raramente chega a acontecer…
Resistimos ao barulho do silêncio… ao confronto com a nossa própria existência… com o nosso lado sombra… com a nudez do nosso avesso. Temos medo de cair no vazio, na vacuidade dos nossos dias, na solidão.
Mas é deste processo de visita ao nosso interior que nos descobrimos, que percebemos o nosso dom, a nossa “riqueza”, e podemos experimentar a alegria e a eloquência da vida. E isto apesar de todas as contradições e imperfeições da vida, apenas deixando o coração falar sem utilizar uma única palavra.
A paragem é o momento de nos reabilitarmos das nossas vulnerabilidades, de ganharmos vitalidade para novos desafios, de buscar inspiração em outras vidas, dando assim mais sentido à maior das dádivas… A VIDA.
Manuela Resendes