Da minha janela
Contemplo o mundo a fervilhar
Ao longe passa a caravela
E eu suspensa, a meditar
Da minha janela
Aberta de par em par
O sonho entra, com cautela
Sem ter nada a esperar
Da minha janela
Visito o desconhecido
Plasmo paisagens na tela
De um futuro colorido
Da minha janela
Faço ponte para o mundo
Vejo o pormenor, numa lamela
Do meu interior profundo
Da minha janela
Tudo é esperança e promessa
Quando debruçada nela
O mundo acaba e recomeça
(Manuela Resendes)