Trago nos olhos um mar
De expetativas e segredos
Onde a noite vai pernoitar
À sombra dos rochedos
Os meus olhos são poesia
Devoram o tempo, em solidão
Têm cheiro a maresia
Espelham dias de exaustão
Vagueando no mar incerto
Imagens passam, na retina
Ventos sopram de perto
Gotas de água cristalina
O meu olhar é doce
Como doce é o meu ser
Onde o sonho transparece
Reflexo do meu viver
O meu olhar é a imagem
De tudo o que vi e amei
Neste mundo, de passagem
O importante neles eternizei!
(Manuela Resendes)