Em noites de luar
Onde germina a solidão
Corre no vento a frustração
De não a poder perpetuar
Noites claras, transparentes
Onde a nudez das palavras
Silêncios feitos de fantasmas
Fazem eco daquilo que sentes
Se o mundo fosse puro
Como a luz que te atravessa
Ou que fosse já promessa
Do pilar do porto seguro
E em ti me revejo
Rompes com o nevoeiro
Não me sinto prisioneiro
A aurora, já desponta o desejo!
(Manuela Resendes)