Maio é o mês dos campos floridos, das temperaturas amenas e das auroras de luz dourada.
Mas este Maio é diferente, não podemos usufruir livremente destas dádivas da natureza, porque em tempos de pandemia temos de nos manter abrigados do perigo.
Vivemos entre muros, construídos de ausências, embrenhados em teias de laços afetivos suspensos e calibrados entre a coragem e o medo.
Olhamos o céu e as estrelas, o voo da gaivota e sentimo-nos revestidos de uma estranha ternura, perante manifestações de existências livres e felizes.
O mundo palpita agora a um ritmo diferente, onde se cruzam olhares de incerteza e medo, onde as tardes elásticas de Primavera são muitas vezes de silêncio e preocupação.
No recolhimento das casas, onde tudo acontece,o futuro já planeado deixou de fazer sentido porque o mundo mudou e não tivemos oportunidade de antecipar a nova realidade.
Mas não podemos permitir que a mente albergue este “confinamento “, permitindo-nos colher os ensinamentos e inspiração que nos permita resgatar uma forma mais humanizada de viver o nosso quotidiano.
Que saibamos abrir a janela e ver a mesma paisagem com outro olhar, deslumbrado mas sábio!
(Manuela Resendes)
Felizmente a Manuela tem uma imaginação tão fértil que, mesmo confinada entre 4 paredes, consegue sentir-se a pessoa mais livre do mundo…
Deo Gratias!
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Obrigada!!!
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