
Todos os dias somos invadidos por notícias de todo o tipo de tragédias, de um mundo onde parece nāo acontecer nada de bom.
Temos de nos proteger dessa avalanche de informação, que nos provoca ansiedade e medo, daí resultando baixas espetativas de um futuro que abrigue os nossos sonhos.
Esse ruído perturbador de violência, indiferença e desumanidade, convidam-me a voltar para a minha “concha” de silêncio, onde só ouço o barulho do mar.
Prefiro olhar o lado bom das coisas, rir dos meus pequenos dramas e viver a realidade através das sensações.
Quero quebrar os muros de angústia e viajar para um país onde possa ver o amanhecer que ilumina o escuro da noite, a chuva que lava o caminho e a novidade que permita visitar o futuro, com a chama da esperança.
Quero ser a voz das conquistas, da superação, da solidariedade, que nos permita acreditar que nesta breve passagem pela vida podemos assistir aos maiores horrores, mas também ficar deslumbrados com os melhores exemplos.
Este é um tempo conturbado, de desequilíbrios e muita perturbação, onde temos de procurar em todos os nossos recursos a resiliência que nos permita prosseguir em mares mais calmos.
Por vezes é preciso passar o “cabo das tormentas” para se avistar novamente a bonança…
Nāo se pode é desistir!
(Manuela Resendes)

Belo texto romanceado, onde a realidade é a parte mais visível do sonho…Parabéns!
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Obrigada
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