
Abro a janela e deixo entrar agosto, respirando o azul do céu que está agora mais perto.
Vou descortinando o propósito deste dia, qual a sua subtil novidade e o que carrega nos detalhes do quotidiano.
Vou aprendendo novos pontos, para ir bordando sentimentos num ajuste de doses diarias de sonho e realidade, medo e superação, tristeza e euforia.
Viajo para destinos abstratos onde os sonhos debandam em voos solitários, à procura de novas conquistas.
E nas longas tardes, contemplando o sol a perder a luz, ilumino o silêncio com um rasgo de assombro e descoberta que a leitura me permite.
Este sentir, que extravasa a minha alma errante, suaviza dores ocultas nesta minha sede de infinito, envolto em doces emoções.
E nas sombras da noite, vou desatando os nós da vida, dando espaço à escuta, à reflexão, permitindo que os pensamentos fluam e habitem a minha realidade.
Quando o sono chegar quero dançar na espuma das ondas!!!
(Manuela Resendes)

É sobremaneira agradável, no Verão, acordar às seis horas da manhã, abrir a janela e respirar a saúde, o sol, o aroma das flores e o perfume do cheiro nauseabundo do campo, da vida, do estrume que nos arrasta ao princípio do mundo. Respirar também o canto do rouxinol, o grosseiro palavrão do lavrador, o orvalho da manhã, o ruído da máquina e do homem-máquina. Enfim, mais do que tudo isto é bom respirar nossos sonhos juvenis e neles toda a fútil quimera da essência dos nossos seres, a natureza daquilo que somos…bj
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Obrigada
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