
Queixamo-nos de que a vida é demasiado rotineira, em que os gestos se repetem numa monotonia sem surpresa nem espanto.
Mas quantas vezes olhamos e não vemos, ouvimos e não escutamos e sentimos mas não nos emocionamos.
Idealizamos de tal maneira a vida que nos perdemos nos seus labirintos impedindo-nos de prosseguir e de a cumprir.
Mas o meu espírito inquieto leva-me a procurar novos caminhos, degustar novas sensações e fazer da esperança uma arte ao meu alcance.
Seduzida pelo reflexo de um entardecer, sacudo o pó da mente e eternizo esses instantes, que me dão a necessária força para subir a montanha e ver mais longe.
E neste confronto entre a previsibilidade e o desconhecido, vou encontrando o meu equilíbrio, onde mato a monotonia e acordo dos sonhos para um mundo novo.
Transportando a paz na alma, gosto do impulso e da surpresa, para nāo deixar o tempo ser varrido pelo vento, desaparecendo sem deixar lembranças.
Gosto de transformar a rotina numa monotonia fecunda, que me preenche pelo conteúdo do seu silêncio, onde se abrem janelas para mundos invisíveis.
Assim, podemos sempre recomeçar sem sair do mesmo lugar!
(Manuela Resendes)

Na verdade a sociedade (todos nós) estamos cada vez mais egocêntricos. Pouco reparamos no que se passa à nossa volta. Eu pecador me confesso…
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Sem dúvida…
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