
Este é um mês de setembro atípico, que nasce cheio de medos e incertezas.
É hora de recomeços, num tempo de angústias purificadas em entardeceres avermelhados e dias serenos.
A solidão volta agora aos bancos de jardim, em gestos de ternura fatigados de infinitas esperas, colmatadas por palavras que devoram melancolias silenciosas.
Este é também o tempo de implementar novas rotinas, estrear novas estradas, aproveitando sempre os bons ventos e as boas marés.
E como a nascente de água se renova constantemente, vamos acolher os dias com as suas inevitabilidades, ateando a alegria com uma faísca de esperança, contagiando com essa força motivadora aqueles que connosco interagem.
E quando o desalento nos atingir vamos colher a noite, com a certeza que os dias morrem em cada madrugada e nascem em cada despertar, dando vida às flores sedentas das gotas de orvalho.
E num regresso diferente e atípico vamos tentar fazer mais e melhor!!!
(Manuela Resendes)
