
E hoje, na maior parte das escolas do país, começou um novo ano letivo…
Apesar de alguma incerteza e medo, provocados pela situação de pandemia que vivemos, o primeiro dia de aulas não deixa de ser um marco importante na vida de qualquer criança ou jovem.
O cheiro dos livros novos, as folhas em branco e as canetas coloridas, materializam o futuro sonhado, com a grandeza do desconhecido.
O reencontro com os amigos/colegas e professores, ou a sempre exultante possibilidade de fazer novas amizades, é também motivo de alguma ansiedade, mas também de uma incontida alegria.
Guardo na memória estes dias como felizes e gratificantes, num recomeço apetecido, depois das “férias grandes” de Verão.
É na escola que se abre todo um mundo novo repleto de possibilidades, onde adquirimos conhecimentos e desenvolvemos capacidades que nos permitem começar a desenhar o nosso projecto de vida.
Aprendi nomes de países longínquos, os quais só sabia apontar de forma certeira no mapa, e nos quais viajava através do meu imaginário, espicaçando a curiosidade e o conhecimento.
Sabia de cor todos os rios de Portugal, e o mar onde desaguavam, sem nunca os ter visto, apurando-me a curiosidade pelo novo.
Aprendi a dizer toda a tabuada sem hesitações, assim como a fazer contas, cujo resultado atestado pela prova dos nove me dava uma satisfação como quem ganha um jogo.
Mas aprender a ler e a escrever foi a porta que ficou escancarada para o mundo, sendo que ainda hoje continuam a ser das atividades que mais prazer me dão…
Através dos livros o mundo amplia-se para números próximos do infinito.
Hoje sinto o perfume desse tempo reencontrado!!!
(Manuela Resendes)
