
Estamos de novo privados de liberdade, mas a contagem do tempo não cessa e a vida continua a ter de se cumprir, agora com menos ruído e travagens repentinas.
É tempo de ver a paisagem da janela, ouvir a natureza e parar para pensar o nosso papel na família, na sociedade e no Mundo.
E porque o tempo é uma matéria prima escassa e de alto valor acrescentado não nos podemos dar ao luxo de o esbanjar, banalizar ou transformar num tédio que se arrasta vagaroso e sem propósito.
Vamos soltar os nossos pensamentos, soprados por uma brisa suave, que nos vai conduzindo sem roteiro prévio a lugares pouco visitados, onde encontramos respostas inesperadas.
O Mundo está em profunda metamorfose, donde resultará uma nova ordem, mas precisamos de refletir sobre a forma de continuar esta caminhada. Não podemos ter medo de ser a peça que não encaixa, de ser círculo no quadrado ou o sol em dia de chuva pois, por vezes, temos de ser disruptivos com o previamente estabelecido para ver a mudança acontecer.
Não nos podemos apenas amargurar com os males do mundo, temos antes de os escutar e combater, de indignar e acolher causas, de mobilizar e persuadir com o nosso querer e a nossa luz.
O tanto que há para fazer não nos pode paralisar, e mesmo sabendo que somos ínfimos na imensidão da terra temos de pensar no exemplo do mar que é feito de gotas e possui uma força infinita.
Vamos reaprender a parar, pensar e só depois agir, sinto que é urgente…

(Manuela Resendes)
Um pouco à margem do que li sobre a “pandemia”…
Aujourd´hui,
Je suis
En rêverie…
c´ést toi, ma mie,
c´ést toi mon rêve
……………………………………
…………………………………….
Quel est belle!
Oh, quel marveille!
Ma Cybelle,
Ma muse si doux
Je n´áit jamais vu
Rien si belle que toi…
“Manelle”
Longo poema inspirado, agora mesmo, na tua imagem. Será que nós poetas ou poetastros teremos culpa de ser assim?!
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E é lindo…obrigada!
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