Aconchego…

Todos nós temos um sítio que nos aconchega, nos cura e nos transmite uma paz reveladora que emerge do nosso íntimo.

Vivemos num certo sobressalto, pelos acontecimentos de um mundo que “tritura” inocentes em guerras, pela violência gratuita e pobreza extrema, deixando-nos vulneráveis e com sentimentos de desamparo.

Mas para nos protegermos da dor não nos devemos refugiar em rotinas previsíveis e fechar no nosso pequeno mundo. Temos de fazer da nossa casa a varanda com vista para além de nós, e confrontarmo-nos com a realidade numa perspetiva transformadora.

Porque é nos momentos de crepúsculo, de desafio e desesperança que nos revelamos. Recorrendo às nossas ferramentas espirituais, renegar a uma existência sonâmbula carente de sentido, abrindo o coração na procura de um oásis de alegria para mitigar a nossa dor.

Devemos dizer “presente” à vida com entusiasmo e motivação, para nos alavancar até ao sítio das visões claras, não nos entregando ao desânimo, remoendo mágoas e ressentimentos. Na maior parte das vezes apenas precisamos de um outro olhar, para o mesmo caminho, retirar automatismos ao quotidiano e permitirmo-nos saborear a gratuitidade da nossa existência.

Quantas vezes a felicidade está onde nunca a procuramos…

(Manuela Resendes)

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