
A vida é feita de pedaços que se vão encaixando, costurando, rasgando, bordando, num fluxo contínuo em que vamos escrevendo a nossa história.
Vão-se somando momentos tristes, alegres, memoráveis, desgastantes, empolgantes, que vão deixando a sua marca por entre dias que vão correndo, muitas vezes marcados apenas pelo correr das horas.
Vamos contabilizando tudo, o sono, as calorias, os passos, os batimentos, mas nāo cuidamos da mesma forma das emoções, dos afetos e da procura do que nos possa fazer mais sentido.
E hoje acordei angustiada por falta de respostas a tantos níveis, por ver tanta injustiça, tanta violência e tanta falta de empatia e soluções para com os mais vulneráveis.
Precisei sair à rua, para o vento me limpar a alma da poeira que me impedia de ver o céu infinitamente azul e luminoso.
Procurei ainda em todas as palavras e em todos os silêncios, as asas que me transportassem ao sonho porque não sei viver constantemente com os pés no chão. São dias quietos em que quero ouvir melodias que me embalem, viver sem fórmulas e inspirar-me numa noite de luar eternamente bela.
E na linha do horizonte consigo já espreitar uma nesga dos dias coloridos de primavera…
(Manuela Resendes)

Vislumbro no teor deste texto a eterna luta entre a “Inteligência Racional” e a “Inteligência Emocional”.
Será uma luta sempiterna que por vezes nos deixa completamente desorientados.
Acontece com todo o Ser-humano hipersensível.
A minha amiga, Manuela, nunca fugirá a esta regra.
Gostei.
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Obrigada!!!
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